sexta-feira, 18 de junho de 2010

Desmatamento Mata Atlântica em Minas Gerais


Ontem participei do Bate Papo de Debate Público com o Sistema de Minas Gerais. Onde o tema abordado foi: Mata Atlântica e Desmatamento em Minas Gerais, onde teve a presença do Sr. Mario Mantovani (SOS Mata Atlântica) da Sra. Maria Dalce Ricas (AMDA), Sr. Darcio Carlais (MAS), Sr. Carlos Alberto (Faemg) e o Sr. José Carlos de Carvalho (Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sistema). A contextualização do texto se tratava do seguinte: A Fundação SOS Mata Atlântica, juntamente com o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais- INEP divulgou recentemente o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, referente ao período e 2008 a 2010, o qual aponta o desmatamento de 12.524 hectares de Mata Atlântica no território mineiro. Ao mesmo tempo, está em plana discussão no Congresso Nacional a reformulação do Código Florestal, o qual determinará as novas regras para manutenção e supressão de vegetação nativa do país. Discutir estes números à luz da legislação e da Política Ambiental do Estado, visando obter subsídios e elementos para aprimoramento das políticas foi o objetivo deste debate.

Muito bem, na qualidade de expectador e representando os cidadãos mineiros, eu fiquei na bancada observando cada um dos seus respectivos setores dando as suas opiniões, mostrando os seus números e apresentando as suas desculpas.

O que mais me chama a atenção em tudo isso é ver como nós, ou seja, a nossa população é pobre no sentido de participação de algo que é de interesse comum!

Enfim, pude ver o Sr. Mario Mantovani apresentar dados alarmantes sobre a Floresta de Mata Atlântica em Minas Gerais, e os dados apresentados se encontra no site www.sosma.org.br Vou citar 02 (duas) frases ditas pelo Mantovani que achei muito apropriada, “O que o Brasil tem de melhor para agregar no seu produto é a sua natureza, ou seja, a sua biodiversidade” e a outra foi “O maior problema do Brasil é que os grandes não aceitam o georeferenciamento “.

A Sra. Dalce, foi muito firme em suas declarações contra políticas aplicadas no novo Código Florestal e conseqüentemente ao Deputado Sr. Aldo Rebello. Mas as frases que me chamaram a atenção foram “Os setores florestais, extrativo de minero estão se omitindo diante do que esta acontecendo” referindo-se ao Código Florestal, e perguntou isso aos representantes dos setores presentes.

O Sr Darcio Carlais representando o setor de florestas, começou de uma forma bem leve com muitos vai-vem, aparentemente não sabia onde queria chegar, a única coisa que achei interessante foi a frase que ele disse sobre que há um exagero sobre a classificação territorial da Mata Atlântica. Disse algo sobre Mata Atlântica serem somente as banhadas pelo oceano e que BH não pode ser considerada de Mata Atlântica, enfim levantou questões interessantes.

O Sr Carlos Alberto, que representa os agricultores do estado, começou demonstrando o seu repudio a forma de como esta sendo apresentado o setor agricultor de Minas Gerais, começou assim, “aqui eu ouvir dizer que o setor agrícola é o mais arcaico do país, que é o que mais desmata no país que é contra o Meio Ambiente e etc.” ele falou que as coisas não são bem assim e que o setor tem projetos importantes, destacando o Programa Semeando, onde segundo ele mais de três milhões de crianças foram atingidas. Ressaltou que o setor em Minas Gerais não entrou contra a Defesa da Mata Atlântica e que o Código Florestal Brasileiro esta indo contra os ruralistas.

A palavra foi passada para um representante do secretário do Meio Ambiente, que abordou os seguintes temas; Mata Seca; controle de desmatamento em Minas Gerais pode ser detectado a cada 30 dias; repensarmos a política de extrativismo em Minas Gerais; pensar nas comunidades das regiões que dependem desta pratica; Minas Gerais foi a que mais desmatou a Floresta de Mata Atlântica no país, porem e a que mais tem uma região com essa mata e que em estados como São Paulo, lugar onde existe esse tipo de bioma, fica em locais onde não tem nada alem de mata, com isso se torna fácil ter o controle e prevenção.

Enfim, amigos o que eu pude tirar em tudo o que vi foi o seguinte:

Em primeiro lugar, ver como a população é desinformada, desinteressada e negligente com temas tão atuais, eu pude ver um ótimo debate onde aprendi bastante sobre o nosso estado e país, vi pessoas eleitas como nossos representas apresentarem dados que mostram a nossa situação. E o que mais me deixou triste foi ver que poucos representantes dos cidadãos estavam presentes no debate. Culpa do governo? Culpa da mídia? Creio que não, os verdadeiros culpados somos nós.

Em segundo lugar, o que aprendi com tudo isso é que todos têm suas próprias razoes, vi setores contra setores, políticos fazendo as suas politicagens, a forma de como cada um fala nos leva a entender que cada um esta realmente fazendo a sua parte, que todos estão preocupados com o Meio Ambiente. Daí eu me pergunto, como podem ter tanta cara de pau, em dizerem coisas assim e vermos em gráficos e mapas que a cada dia mais e mais o nosso Meio Ambiente esta sofrendo tantas degradações por causa direta do homem?

Minha palavra final,

Enquanto os cidadãos não se conscientizarem de seu papel na sociedade, a sociedade vai continuar sendo regida por poucos que pensam somente em seus benefícios próprios.

Jackson Duarte

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