sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Belo Monte de "Interesses"

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Abelardo Bayma, pediu demissão do cargo por discordar da emissão da licença definitiva para a implantação da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, prevista para ser construída no rio Xingu, no Pará. Em carta enviada à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, Abelardo alegou motivos pessoais para pedir exoneração do cargo. Mas revelou a amigos que deixou o posto depois de ter sido pressionado pela diretoria da Eletronorte a emitir a licença definitiva em nome do IBAMA para a instalação da usina. Ele estava no cargo desde abril do ano passado e é funcionário de carreira da autarquia.

Em reuniões com a diretoria da Eletronorte há dez dias, Abelardo se negou a emitir a licença definitiva para a construção da usina. Ele argumentou que o IBAMA não poderia emitir o documento porque o projeto ainda está cheio de pendências ambientais. Abelardo admitiu que o IBAMA poderia emitir a licença para a instalação e não a definitiva. A construção de Belo Monte foi um dos motivos que levou ao pedido de demissão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela discordava da implantação da usina alegando que a obra causará fortes danos ambientais na região com o alagamento de uma área de aproximadamente 500 km2.
As divergências sobre Belo Monte provocaram um confronto no governo entre Marina Silva e a então ministra-chefe da Casa Civil, a presidenta Dilma Rousseff, que defende a antecipação dos prazos para a conclusão da usina, prevista inicialmente para outubro de 2015, um ano após o mandato presidencial. Para conseguir antecipar a conclusão, como quer Dilma, é preciso que o Ibama antecipe as licenças, mas o instituto alega que há falhas técnicas a serem reparadas no projeto. A previsão é que Belo Monte gere mais de 11 mil megawats para atender a uma população de 26 milhões de pessoas na região Norte.

site: http://colunas.epoca.globo.com/politico/2011/01/12/belo-monte-derruba-presidente-do-ibama/

Um comentário:

Sophi Mirelle disse...

Será que realmente está usina é necessária ao nosso País? Será viável uma obra tão grandiosa, levando em consideração toda perda ambiental e cultural dos indios da região? Na minha humilde opinião, não. Qualquer leigo, logo observa os interesses políticos e financeiros envolvidos, fica claro o interesse de Dilma em levar os créditos da construção da usina, claro, para ela o que importanta a perda de biodiversidade, a perda de terras indíginas, de ceméterios indíginas, engraçado falando assim, você que lê deve pensar: "sim é verdade o que importa tudo isso, diante de uma sociedade capitalista"? Pois para mim importa muito são 500km² de florestas, você consegue dimensionar isto, realmente é muita coisa! nesta áreas podem haver, milhões de espécies da fauna e da flora ainda não conhecidas, talves a planta que pode curar o câncer de seu filho e entes queridos se perda para sempre. O Brasil deve investir, em pesquisas e preservar estas riquesas, nós pagamos muitos impostos, você também deve se dar conta disto, e devemos combrar mais atenção, discordar do que está errado e cobrar pelos erros cometidos. Não podemos mais ver e embatucar. QUEREMOS VIDA AO XINGU